"Ele tinha medo. E ela sabia que o medo faz parte do amor, tanto sabia
que convivia bem com ele. Ela, o medo, o amor, os sonhos no meio das
almofadas, o pensamento entre os cobertores e os desejos no travesseiro.
Ela não se fixava no que não queria, ela sempre soube o que quis. Ele
dava passos em falso, ela andava de forma certeira. Tinha certeza do
amor. Tinha certeza que ele era importante demais em sua vida para
deixá-lo ir embora sem fazer nada. Ela só queria amá-lo, ser importante
para ele, deixar a vida se encarregar do futuro dos dois. Mas ele dizia
não. Ele dizia não para ele e para ela. A conclusão demorou para chegar mas, enfim, veio: o amor não foi feito
para ser entendido. Nem julgado. Nem preterido. Ela entendeu,
finalmente, que só quem não tem medo de arriscar entende o amor. E assim ela espera ser feliz. Para sempre."
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