quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Realidade não vista


Acordei com vontade de te raptar e levar para minha casinha de palha.

Lá, te encherei de carinho. A chuva vai cair, e vamos fazer o cheiro do prazer subir.

Mais tarde o sol sairá, junto com ele um arco-íris. O amor existirá a todo tempo. Entre carícias, palavras e gordices, esqueceremos do mundo e responsabilidades que ultrapassam a porta de madeira.

E quando o fim de semana acabar, a gente deixa o ninho de amor. Eu sei, sensato seria se vivessemos todos os dias assim, juntinhos. Mas, infelizmente ninguém vive de amar.

A gente tem a mania de achar que só é verdadeiro se for expressado a cada segundo. Fotos, declarações, presentes e afins. Não, tá errado.

Tantas outras coisas envolvem o amor, que atualmente está mesmo difícil de identificá-lo.

Você tem seus caminhos, e eu, os meus. Com bastante custo aprendi que muitos amores só conseguem sobreviver se adaptados.

Não é metade, nem divisão. É fazer o possível para viver bem, doar-se com uma única restrição. A de que se não der certo, sofrer o tempo necessário, levantar a cabeça e ir em busca do novo.

E no outro fim de semana te espero lá. E assim vai, e assim eu sigo, adaptando o nosso amor. Até quando? Ah, até quando for sincero, leve e sentido pelas duas partes.

Sem drama. Sem amarras. Só felicidade. Ou realidade, a realidade não vista.

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